Roteiro no Médio Tejo
- Catarina Araújo
- 26 de mai.
- 9 min de leitura
Atualizado: 29 de mai.

A inspiração para o artigo deste mês do GPS da Quimera vem de uma viagem que fizemos em maio de 2019 à região do Médio Tejo. Foi uma experiência memorável e cheia de descobertas, por isso partilhamos aqui as nossas sugestões para um roteiro de 3 dias nesta zona do centro de Portugal.
1.º Dia — Da Golegã a Constância: Um Mergulho na Alma do Médio Tejo
Golegã
Escolhemos a Golegã como ponto de pernoita, ficando hospedados num albergue de peregrinos. Sim, a verdade é que o Caminho de Santiago – Percurso Central passa por aqui, tornando esta vila uma paragem interessante para quem segue esta rota milenar.

Capital do Cavalo
A Golegã é conhecida como a Capital do Cavalo em Portugal, famosa pela Feira Nacional do Cavalo, um evento anual que atrai milhares de visitantes e amantes da cultura equestre. Durante esta feira, a vila ganha vida com concursos, leilões e demonstrações que celebram a tradição ligada aos cavalos.
Turismo Cultural: Carlos Relvas
Um dos nomes mais emblemáticos da Golegã é Carlos Relvas, fotógrafo e inventor do século XIX. A sua influência cultural está preservada na Casa-Estúdio Carlos Relvas, onde podemos conhecer mais sobre a vida e obra deste pioneiro da fotografia em Portugal, bem como apreciar o ambiente único do seu estúdio — que ainda mantém os equipamentos originais.

Turismo Literário: José Saramago
Não muito longe, na Azinhaga, encontramos a Fundação José Saramago, dedicada a preservar a memória do Nobel da Literatura português. Para os amantes de literatura, visitar este espaço é uma oportunidade para mergulhar no universo do autor e conhecer mais sobre a sua ligação profunda a esta região do Médio Tejo.
Turismo de Natureza: Reserva Natural do Paul do Boquilobo
Para quem gosta de natureza, a Reserva Natural do Paul do Boquilobo é uma área protegida essencial no Médio Tejo. Reconhecida internacionalmente, esta zona húmida alberga uma grande diversidade de aves e é um paraíso para os observadores de fauna. Caminhar pelos seus passadiços e observar o ecossistema é uma experiência relaxante e enriquecedora.
Castelo de Almourol
Depois de descobrires a cultura e a natureza únicas da Golegã, segue viagem para outro ícone do Médio Tejo: o Castelo de Almourol. Este castelo medieval, que se ergue numa pequena ilha no meio do rio Tejo, vai transportar-te diretamente para a história e é um dos monumentos mais emblemáticos e fascinantes de Portugal.
Localizado numa pequena ilha no rio Tejo, o Castelo de Almourol é um dos monumentos medievais mais emblemáticos de Portugal e um importante símbolo da presença dos Templários no país. Construído no século XII, sobressai pela sua arquitetura militar templária, com muralhas altas, nove torres circulares e uma torre de menagem de três pisos.
A sua história remonta a ocupações antigas, possivelmente lusitanas ou pré-romanas, mas foi em 1129, após a conquista pelos portugueses, que o castelo começou a assumir a forma atual, especialmente depois de entregue à Ordem dos Templários, que o reedificaram.
No século XIX, o Romantismo valorizou e restaurou o castelo, adicionando elementos decorativos. No século XX, serviu como residência oficial da República Portuguesa durante o Estado Novo.
O castelo é Monumento Nacional desde 1910 e, em 2013 foi eleito "Estrela do Médio Tejo" na categoria de Património Histórico Edificado. Atualmente é possível visita-lo através de embarcações que partem da Praia do Ribatejo ou do Cais de Tancos, e também visitar o Centro de Interpretação Templário em Vila Pouca da Barquinha.
Horários de visita:
De março a setembro: 9h30–13h e 14h30–18h30
De outubro a fevereiro: horários reduzidos, encerrando às segundas-feiras
Preços:
Travessia de barco: 4 € por pessoa
Para reservas e informações sobre passeios, contacta a Junta de Freguesia de Tancos.
E se quiseres uma perspetiva diferente do castelo, porque não experimentar um passeio de kayak pelo Tejo? Remar nas águas calmas do rio, com o Castelo de Almourol a surgir à tua frente numa pequena ilha, é uma forma única de viver este lugar mágico. Há várias empresas locais que organizam estas atividades, e é uma ótima maneira de adicionar mais aventura ao teu roteiro pelo Médio Tejo.
Constância, Vila Poema
Depois de Almourol, segue viagem até Constância, uma vila pequena mas cheia de encanto, situada na confluência dos rios Zêzere e Tejo.
Conhecida como "Vila Poema", Constância tem uma forte ligação à literatura, especialemente ao nome de Luís de Camões, autor de Os Lusíadas.

Segundo a tradição local, Camões terá vivido aqui por algum tempo no século XVI, talvez antes de partir para a Índia. Diz-se que teria estado exilado ou refugiado na vila, por razões amorosas ou políticas — não há certezas históricas absolutas, mas a lenda faz parte da identidade de Constância. A Casa dos Arcos, também conhecida como Casa de Camões, é um símbolo dessa ligação cultural e literária. Ainda hoje é visitada por quem quer seguir os passos do poeta.
Com as suas ruas floridas, miradouros sobre os rios e um ambiente sereno, Constância convida a um passeio pelo seu Centro Histórico e pela Praia Fluvial de Constância.
Passeia pelo Centro Histórico, onde as casas brancas com rodapés coloridos, as janelas floridas e os becos estreitos te fazem sentir numa vila saída de um postal.
Visita a Igreja Matriz de Constância, com origem medieval e vista privilegiada sobre a vila e os rios, e a Casa Memória de Camões , instalada junto à suposta Casa dos Arcos, onde encontras um pequeno núcleo expositivo que celebra a vida e obra do poeta.
Depois da caminhada, nada como relaxar junto à água na Praia Fluvial de Constância, mesmo junto ao ponto onde o Zêzere encontra o Tejo. É um espaço bem cuidado, com zonas de sombra, relvado, esplanada e uma pequena ponte pedonal que liga à margem oposta. Um local perfeito para um mergulho nos dias mais quentes ou simplesmente para estender a toalha e descansar com vista para o rio.
Centro Ciência Viva de Constância - Parque de Astronomia
Integrado na rede nacional destes centros, aqui a ciência ganha vida através de uma forte ligação à astronomia e ao contacto com a natureza.
O Centro dispõe de várias experiências únicas: um observatório com cinco cúpulas e telescópios de alta precisão, um planetário, um laboratório de holografia para criar imagens em 3D, e módulos exteriores do nosso Sistema Solar, da nossa Galáxia, dos sistemas de Jupiter, Saturno, Sol-Terra-Lua e da Esfera Celeste.
Fluviário da Foz do Zêzere
A poucos minutos do centro de Constância, no edifício do Centro Náutico de Constância, na confluência dos rios Tejo e Zêzere, encontra-se o Fluviário da Foz do Zêzere. Este é um espaço dedicado à biodiversidade dos rios portugueses e internacionais.
Aqui podes observar de perto várias espécies de peixes e outras criaturas aquáticas que habitam os rios, lagos e zonas húmidas, num percurso envolvente e educativo. O fluviário destaca-se pelo seu compromisso com a conservação e sensibilização ambiental, ideal para famílias e amantes da natureza.
Além dos tanques de exposição, o espaço oferece zonas de lazer, um parque infantil e uma área para
piqueniques, tornando a visita uma experiência relaxante e divertida. Não percas a oportunidade de
conhecer este cantinho natural que complementa na perfeição a tua visita à região do Médio Tejo.
Borboletário Tropical - Parque Ambiental de Santa Margarida
Se queres viver uma experiência fora do comum, o Borboletário Tropical de Santa Margarida é uma visita imperdível. Situado no Parque Ambiental de Santa Margarida, este espaço transporta-te para um ambiente exótico, quente e húmido, onde borboletas tropicais esvoaçam livremente entre a
vegetação.
Aqui, tens a oportunidade de observar de perto várias espécies de borboletas – algumas de grande dimensão – e descobrir curiosidades sobre a sua biologia e ecologia.
A visita ao borboletário é feita mediante reserva obrigatória, por isso convém planeares com alguma
antecedência. Mas vale bem a pena!
O Parque Ambiental de Santa Margarida é um espaço de educação ambiental com cerca de 6 hectares, onde podes explorar trilhos, zonas verdes e áreas temáticas dedicadas à natureza e à
sustentabilidade. É um local ideal para um passeio em família ou simplesmente para relaxar em contacto
com a natureza, num ambiente tranquilo e bem cuidado.
2.º Dia — Entre a História de Tomar e a Natureza do Agroal

Depois de um primeiro dia repleto de descobertas em Constância e arredores, prepara-te para mergulhar na grandiosidade de Tomar, uma das cidades mais marcantes da história de Portugal. Neste segundo dia vais percorrer os trilhos dos Templários, maravilhar-te com monumentos únicos e terminar com um merecido mergulho na natureza refrescante do Agroal.
Tomar
Convento de Cristo e Castelo Templário

Logo pela manhã, prepara-te para uma das visitas mais imponentes do Médio Tejo: o Convento de Cristo, em Tomar. Este monumento, classificado como Património Mundial da Unesco, é muito mais do que um edifício - é um mergulho profundo na história de Portugal, desde os tempos dos Templários até à época manuelina.
A entrada faz-se pelas muralhas do antigo Castelo Templário, fundado em 1160 por D. Gualdim Pais, mestre da Ordem do Templo. A sua localização estratégica permitia vigiar o rio Nabão e proteger o
território recém-conquistado aos mouros.
O convento que se ergue no seu interior é uma verdadeira jóia da arquitetura portuguesa. Passeia pelos
claustros renascentistas, explora a Charola - a antiga igreja templária de planta octagonal, inspirada no Santo Sepulcro de Jerusalém - e admira os pormenores rendilhados da Janela Manuelina, um dos maiores ícones da arte manuelina.
Aqueduto dos Pegões

Depois de explorares com calma o Convento de Cristo, segue até ao Aqueduto dos Pegões, uma impressionante obra de engenharia hidráulica do século XVII, construída para abastecer o convento com
água potável proveniente da serra.
Com cerca de 6 km de extensão, este aqueduto atravessa vales profundos com arcadas imponentes, algumas com mais de 30 metros de altura. A sua grandiosidade impressiona à distância, mas também é possível subir ao topo e caminhar sobre parte da estrutura - uma experiência única, que oferece vistas magníficas sobre a paisagem rural que circunda Tomar.
É um daqueles lugares onde a arquitetura se funde com a natureza, ideal para fazer uma pequena caminhada e tirar fotografias.
📍 Como chegar: o aqueduto fica a cerca de 3 km do Convento de Cristo. Podes lá chegar de carro em menos de 10 minutos, ou a pé em cerca de 30 a 40 minutos. O percurso pedestre faz-se por estrada, com algumas subidas suaves — atenção à ausência de passeio em alguns troços. Para maior comodidade, procura no GPS por "Aqueduto dos Pegões Altos".
Sabias que aqui podes caminhar pelo topo do aqueduto? É uma experiência única em Portugal, com uma vista incrível sobre o vale da Ribeira dos Pegões e a cidade de Tomar.
A visita é livre e gratuita, por isso podes ir quando quiseres, só tens de ter atenção ao calçado e ao tempo, porque o percurso pode ser irregular e o aqueduto está a 30 metros de altura. Se quiseres, podes ainda agendar uma visita guiada para conheceres todos os pormenores da sua construção e importância histórica — basta contactar a câmara de Tomar.
Mata Nacional dos Sete Montes - Um refúgio verde no coração de Tomar
A poucos passos do centro histórico, a Mata Nacional dos Sete Montes é o lugar ideal para fazer uma pausa para descansar e fazer um piquenique.
Este oásis natural no coração de Tomar, tem uma vasta área arborizada que se estende por cerca de 39 hectares, com vários trilhos e recantos históricos. Mais do que um simples espaço verde, a mata é também um património paisagístico e cultural. Elementos como a elegante Charolinha, um pequeno templo em pedra rodeado por um lago, e os bem cuidados Jardins de Buxo Francês. Outro ponto curioso é a enigmática Gruta do Sangue, associada a lendas de antigas batalhas e envolta em interpretações simbólicas.
A origem do nome "Mata dos Sete Montes" está ligada à geografia do local: o vale onde hoje se encontra a mata era cercado por sete colinas dispostas em forma de ferradura, com a abertura voltada para o rio Nabão. Este vale, também conhecido como Vale da Riba Fria, foi adquirido no século XVI por ordem de D. João III para ser integrado ao Convento de Cristo, servindo como espaço de recolhimento e cultivo para os monges da Ordem de Cristo .
A entrada é livre e o acesso pode ser feito a pé a partir do centro da cidade.
Horários:
Verão (abril a outubro): 08h30 às 19h30 (última entrada às 19h00).
Inverno (novembro a março): 08h30 às 17h30 (última entrada às 17h00).
Encerrado: 1 de janeiro, domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro.
Agroal
Situado na fronteira entre os concelhos de Ourém e Tomar, o Agroal é uma pequena localidade conhecida pelas suas águas frias e cristalinas, envoltas em lendas de propriedades curativas. A nascente do Agroal — um dos maiores exsurgentes cársicos da região — brota de uma escarpa calcária junto ao rio Nabão e abastece a famosa Praia Fluvial do Agroal, muito procurada nos meses mais quentes.
Rota do Canhão do Agroal
Para quem gosta de caminhar, o percurso pedestre da Rota do Canhão do Agroal é uma excelente forma de explorar esta paisagem única. Com uma extensão total de 12,2 km (ida e volta), o trilho desenvolve-se ao longo da encosta do Agroal e revela vistas impressionantes sobre o canhão fluviocársico do Nabão.
O trajeto tem início na praia fluvial do Agroal, na margem direita do rio, e segue para este por escadas em passadiço, atravessando caminhos rurais e troços de vegetação densa. A partir daí, percorrem-se mais 120 metros de passadiço até se entrar numa zona de mata florestal protegida, parte da Rede Natura 2000. O percurso cruza a estrada municipal e segue por um extenso eucaliptal até alcançar zonas de mato e olivais, descendo depois até à ribeira da Sabacheira. A partir deste ponto, o trilho inflete para este, acompanhando a ribeira até voltar a encontrar o curso do rio Nabão.
Ao longo do percurso, o contraste entre a vegetação mediterrânica e os escarpados calcários cria uma experiência visual rica, ideal tanto para amantes da natureza como para entusiastas de geologia e fotografia. Apesar de não ser um trilho difícil, convém levar calçado apropriado e água, especialmente nos meses mais quentes.
3º Dia - Vila de Rei, o Centro Geodésico de Portugal
No último dia deste roteiro, seguimos até Vila de Rei, uma vila tranquila no coração de Portugal, conhecida por acolher o centro geodésico do país. Aqui, a natureza e a geografia unem-se para proporcionar vistas panorâmicas, trilhos surpreendentes e locais de puro descanso, como a Praia Fluvial do Penedo Furado. Um dia para respirar fundo, caminhar entre cascatas e pinhais e contemplar o território português, literalmente, a partir do seu ponto central.
Centro Geodésico de Portugal

A apenas 1,8 km de Vila de Rei, na estrada que segue em direção à Sertã, encontra-se o desvio bem sinalizado para o Picoto da Melriça, o ponto exato que marca o Centro Geodésico de Portugal. A partir daí, são apenas mais 900 metros até chegar ao local onde, simbolicamente, se encontra o centro do território continental português.
Situado a 600 metros de altitude, este miradouro natural oferece uma vista panorâmica de 360º, permitindo observar a Serra da Lousã e, em dias limpos, até mesmo a imponente Serra da Estrela, a quase 100 km de distância.
Aqui encontra-se também o Museu da Geodesia, um espaço interativo que complementa a visita com uma exposição temática sobre a medição do território, um pequeno auditório, loja de recordações e bar.
Mais do que um marco geográfico, este é um local de contemplação e descoberta, que representa simbolicamente o equilíbrio e a centralidade do território português.
Praia do Penedo Furado + Passadiços do Penedo Furado
A próxima paragem do nosso roteiro é num dos locais mais emblemáticos e encantadores de Vila de Rei: a Praia Fluvial do Penedo Furado. Enquadrada entre rochas, vegetação abundante e formações geológicas invulgares, esta praia é conhecida pelas suas águas límpidas e frescas, ideais para um mergulho nos dias mais quentes. Está equipada com zona de banhos, área de merendas, bar de apoio e vigilância durante a época balnear.
A poucos passos dali começam os Passadiços do Penedo Furado, um percurso em madeira que serpenteia ao longo da ribeira de Codes, afluente do rio Zêzere, oferecendo vistas deslumbrantes sobre o vale e as suas formações rochosas.
O percurso foi aumentado em 2021 e, agora, estende-se por cerca de 2 km por locais de rara beleza, com destaque para a Cascata do Penedo Furado, a Gruta do Penedo Furado, o fóssil da Bicha Pintada, Miradouro das Fragas do Rabadão e Miradouro do Penedo Furado.
Neste último, existe um rochedo gigantesco com uma enorme abertura de formato afunilado, que deu nome à praia. Desta zona mais elevada é possível admirar uma magnífica paisagem que inclui serras e montes revestidos de pinhais, a ribeira do Codes, a albufeira da Barragem do Castelo do Bode e algumas casas das povoações vizinhas.
Caminhar
Para os amantes das caminhadas, Vila de Rei oferece trilhos que percorrem paisagens de grande beleza e diversidade. Deixamos aqui duas sugestões que permitem descobrir o concelho a pé.
Sente-te à vontade para adaptares o roteiro às tuas preferências, disponibilidade e condição física, garantindo assim uma experiência personalizada e agradável.
PR1 - Trilho das Cascatas
O Trilho das Cascatas é um percurso pedestre circular de Pequena Rota, com início e fim no centro de Vila de Rei. Desenvolve-se ao longo de três cursos de água — a ribeira do Lavadouro, a ribeira do Vale Feito e o ribeiro da Vila — formando um itinerário rico em biodiversidade e cheio de encanto natural.
Ao longo do trilho, os vales escarpados e a ação contínua da água deram origem a várias cascatas e poços naturais, criando pequenos refúgios de frescura e beleza. O percurso atravessa zonas rochosas, matas densas e áreas de vegetação ribeirinha, proporcionando uma caminhada diversificada, com momentos de sombra e trechos mais abertos onde é possível apreciar vistas amplas sobre a envolvente.
DISTÂNCIA 10 Kms
DURAÇÃO 4 horas
NÍVEL DE DIFICULDADE Médio/Alto, com desnível acentuado
Pontos de interesse:
Fonte do Lavadouro
Azenhas
Cascata da Bicarola
Cascata dos Poios
Minas do Areal
Estrada Mourisca
Dica: Leva água, calçado adequado para trilhos acidentados e, se possível, bastões de caminhada. Se visitares na primavera ou após dias de chuva, as cascatas estarão no seu auge.
PR3 - Trilho das Bufareiras
O Trilho das Bufareiras é uma pequena rota linear que liga o centro de Vila de Rei à Praia Fluvial do Penedo Furado, revelando paisagens surpreendentes, marcadas por formações rochosas impressionantes, vales encaixados e pequenos cursos de água que originam várias cascatas.
O percurso tem início junto ao cruzeiro de Vila de Rei, um ponto elevado de onde se obtém uma vista ampla sobre a vila. A partir daí, o trilho conduz os caminhantes por caminhos rurais antigos, atravessando zonas de vegetação mediterrânica até à zona das Bufareiras.
A chegada à Praia Fluvial do Penedo Furado torna o percurso ainda mais recompensador, permitindo um merecido descanso junto à água.
A conjugação entre a geologia, a vegetação e a presença da água cria cenários de grande beleza natural, tornando este percurso um dos mais apreciados da região.
DISTÂNCIA 10 Kms
DURAÇÃO 4 horas
NÍVEL DE DIFICULDADE Médio/Alto, com desnível acentuado
Conclusão
Em apenas três dias, este roteiro pelo Médio Tejo revela a surpreendente diversidade da região — desde o património templário de Tomar às paisagens naturais de Vila de Rei, passando pelos recantos tranquilos das margens do Zêzere. Entre aldeias históricas, trilhos junto a cascatas, florestas encantadas e miradouros de cortar a respiração, cada paragem oferece uma nova perspetiva sobre a riqueza cultural e natural do centro de Portugal.
É um convite à descoberta pausada, onde o tempo se mede em passos dados, mergulhos frescos e olhares demorados sobre a paisagem. Ideal para quem procura aliar natureza, história e tranquilidade, este itinerário é apenas um ponto de partida — porque o Médio Tejo tem muito mais para revelar a quem regressa com tempo e curiosidade.
Sem duvida uma zona a visitar e usufruir. Obrigado 👍