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Roteiro de 4 Dias nas Serras de Aire e Candeeiros



O Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros



Parque Natural da Serra de Aires e Candeeiros


Situado no coração de Portugal, o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros é considerado o mais relevante depósito de formações calcárias em Portugal. Esconde um fascinante mundo subterrâneo, onde a água percorre uma rede intricada de cursos ocultos, alimentando grutas misteriosas e paisagens únicas esculpidas ao longo de milénios. Nas suas muitas grutas habita uma grande variedade de espécies, entre as quais se destacam várias espécies de morcegos cavernícolas — o símbolo desta área protegida.


O parque abrange o Maciço Calcário Estremenho e estende-se por vários municípios, nomeadamente Alcanena, Alcobaça, Ourém, Porto de Mós, Rio Maior, Santarém e Torres Novas. A oeste, ergue-se a longa serra dos Candeeiros, enquanto a leste se avista a serra de Aire.


A paisagem do parque é agreste e marcada pela escassez de linhas de água à superfície. No entanto, esta aridez é contrastada pela magia natural de um território moldado pela erosão cársica, onde se encontram formações impressionantes como poljes, campos de lapiás, grutas, algares, uvalas e dolinas, sendo um verdadeiro paraíso para os amantes de geologia e espeleologia, com mais de 130 grutas identificadas.


Neste artigo, partilhamos alguns dos nossos sítios preferidos no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros e sugerimos um roteiro de 4 dias, perfeito para um fim de semana prolongado ou uma escapadinha por esta bela região.






1º Dia - Alcobertas e Salinas de Rio Maior


O itinerário do primeiro dia é marcado por uma caminhada entre Chãos e Alcobertas e uma visita às salinas de Rio Maior.



Percurso Chãos - Alcobertas


Trilho de Chãos - Alcobertas


O percurso começa no pitoresco Centro de Tecelagem de Chãos, uma antiga casa florestal hoje dedicada à arte ancestral da tecelagem. A pequena aldeia de Chãos, com os seus campos murados e cisternas centenárias, revela o engenho das populações serranas, habituadas a fazer da escassez de água uma arte de sobrevivência. A Cooperativa Terra Chã tem promovido a recuperação e revitalização das estruturas do património rural. Aproveita e visita o Centro Cultural de Chãos, que integra o Centro de Artes e Ofícios e um restaurante regional.




Ao descer até Alcobertas, vais sentir o apelo de mergulhar na história com uma visita ao imponente Dolmen-capela, único em Portugal. O Dólmen de Alcobertas é um monumento megalítico funerário do Neolítico Final (c. 4000–3500 a.C.), sendo um dos maiores da Península Ibérica. Posteriormente, foi adaptado ao culto cristão e transformado numa capela dedicada a Santa Maria Madalena, com a colocação de um telhado nos séculos XVII/XVIII. Para uma visita guiada ao interior do monumento, contacta a Câmara Municipal de Rio Maior.





O percurso leva-te também a conhecer os silos escavados na rocha, usados para guardar cereais há séculos. Mais à frente encontrarás o Olho d’Água das Alcobertas, uma nascente cristalina onde o tempo parece abrandar – é um ótimo local para descansar, fazer um piquenique e, quem sabe, conversar com locais que ainda ali lavam roupa como antigamente.





Segue-se uma subida exigente pelo Vale Galego, onde se podem avistar escarpas calcárias e lapas, num local designado como Penas de Andorinha. Continuando a subida chegarás à cumeada da Serra dos Candeeiros, a 487 metros de altitude. Respira fundo e aprecia as vistas deslumbrantes até à costa atlântica – Peniche, Nazaré e até as Berlengas!





A paisagem aqui é marcada por afloramentos rochosos. Fica atento para a observação de aves, com especial destaque para as gralhas-de-bico-vermelho, embora o seu número tenha vindo a reduzir.


Início do percurso: Centro Cultural de Chãos

Extensão: 16 km

Grau de dificuldade: médio +




Salinas de Rio Maior - Sal Sem Mar



Salinas de Rio Maior
As únicas salinas de interior de Portugal

No final do percurso, sugerimos uma visita às Salinas de Rio Maior. Podes almoçar no restaurante Salarium, desfrutar da gastronomia regional e fazer uma visita guiada às suas salinas. No espaço existe também um relaxante lounge e uma loja de produtos regionais (Flor de Sal).




Em Portugal, as Salinas de Rio Maior são as únicas salinas de interior em funcionamento há cerca de 8 séculos. Localizadas a cerca de 30 km do mar, no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, estas salinas têm origem numa jazida de sal-gema subterrânea formada há milhões de anos. A água extraída de um poço local é sete vezes mais salgada que a do mar, permitindo a produção de sal sem a proximidade costeira.


As cabanas de madeira, estruturas que serviam para o armazenamento do sal, alojam agora cafés, restaurantes e lojas de artesanato local e de produtos derivados da extração do sal.


Estas salinas naturais situam-se num vale tifónico – vale originado devido à ascensão de um complexo salino. Neste caso, o vale é resultado da fácil erosão de sal depositado no Jurássico, menos resistente do que as rochas envolventes e das que se depositaram sobre esse sal.





2º Dia - Porto de Mós e Trilho das Minas da Bezerra


No segundo dia, ruma até Porto de Mós. Esta localidade localiza-se no centro do Parque Natural, num vale entre as Serras de Candeeiros e a Serra de Aire.


A origem toponímica de Porto de Mós está relacionada com a antiga Pedreira do Figueiredo, uma pedreira de calcários, que eram extraídos para a construção de mós utilizadas nos tradicionais moinhos de vento. Porto de Mós era o local onde se fabricavam e transportavam as mós, através do Rio Lena, que em tempos se supõe ter sido navegável.


Visita ao Castelo de Porto de Mós


O principal ponto de interesse turístico de Porto de Mós é o seu castelo de estilo de palacete. Trata-se de uma construção de arquitetura singular, com influências góticas e renascentistas. De planta pentagonal, destaca-se pelos seus torreões e pelas cúpulas verdes em forma de pirâmide na fachada principal.


Após ter tido um papel muito importante na reconquista cristã e na defesa do reino, e de ter sido oferecido à Rainha Santa Isabel pelo rei D. Dinis, foi nas mãos de D. Afonso (neto do rei D. João I e 2º Duque de Bragança) que a antiga estrutura defensiva medieval foi transformada num palacete residencial. Sendo um homem culto e viajado, realiza várias obras de recuperação sob as influências renascentistas que começavam a emergir na Europa.


Danificado pelo terramoto de 1755, o castelo passou por várias campanhas de restauro, a mais recente em 1999. Desde 1910, está classificado como Monumento Nacional. Atualmente, o castelo acolhe diversos eventos culturais e conta com uma programação própria que inclui exposições, concertos, peças de teatro e conferências.


O Castelo de Porto de Mós disponibiliza o roteiro “Histórias e Lendas de um Castelo Singular”, uma visita autoguiada acessível através de uma webapp no smartphone do visitante. Através desta plataforma, é possível explorar melhor o castelo, guiado por uma narrativa protagonizada pela Rainha Santa Isabel, que destaca os principais pontos do monumento e partilha curiosidades interessantes.


Castelo de Porto de Mós



Trilho das Minas da Bezerra


Convidamos-te, agora, a descobrir um outro percurso pedestre, com início na localidade da Bezerra.




O percurso desenrola-se, na sua maioria, ao longo do traçado da antiga linha de caminho de ferro que, em tempos, transportava carvão das minas da Bezerra até Porto de Mós. Esta foi atualmente reconvertida numa ecopista moderna, a Ecopista da Corredoura, tornando-se uma infraestrutura ideal para a prática de caminhadas, passeios de bicicleta ou corrida, proporcionando simultaneamente uma experiência rica de observação de biodiversidade e diversidade geomorfológica da região. Ao longo da Ecopista da Corredoura, encontrarás ainda estações observatórias e miradouros - espaços perfeitos para apreciar a tranquilidade e beleza deste território.


Serra da Pevide, localizada no setor norte da Serra dos Candeeiros, impõe-se na paisagem. Foi nesta zona que existiu uma exploração significativa de carvão, hoje desativada e de visita desaconselhada por razões de segurança.


A linha férrea, instalada para facilitar o transporte do carvão, seguia um traçado irregular, necessário para vencer os desníveis da serra. À medida que avançamos, o ambiente transforma-se: as paredes de rocha cortadas para dar passagem aos comboios criam túneis sombrios.


Num ponto alto da serra dos Candeeiros, os moinhos dominam a cumeada. Aqui, um agradável parque de merendas convida a uma pausa revigorante antes da descida pela linha inferior. O percurso prossegue por entre uma mancha de carvalho lusitano, que se estende da encosta até ao vale, oferecendo sombra e frescura ao trilho.


O Sítio do Elias é uma cabana de madeira construída pelas mãos do Sr. José Elias, e que amavelmente a partilha com todos os que por aqui passam a pé ou de bicicleta e param para fazer um petisco.



O Trilho das Minas da Bezerra abriga uma grande variedade de animais.

Início do percurso: Junto ao Campo de Futebol da Bezerra

Extensão: 12 km

Dificuldade: média




3º Dia - Olhos de Água do Alviela + Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios da Serra de Aire


Hoje é dia de visitar o Município de Alcanena, para descobrir um dos geossítios mais interessantes do Parque da Serra de Aires e Candeeiros, os Olhos de Água do Alviela.


Este local é particularmente importante pela sua nascente cársica, uma das maiores de Portugal, e pelo complexo sistema subterrâneo que inclui grutas, galerias e condutas naturais esculpidas pela água ao longo de milhares de anos. É um exemplo emblemático de paisagem cársica em Portugal, com fenómenos como ressurgências, sumidouros e condutas subterrâneas, típicos de regiões calcárias.



Olhos de Água - Nascentes do Rio Alviela


A nascente dos Olhos de Água do Alviela é reconhecida como a maior nascente cársica de Portugal, com um caudal que pode atingir 17 mil litros por segundo, ou seja, 1,5 milhões de metros cúbicos de água por dia durante períodos de cheia. É uma nascente permanente e resulta da infiltração das águas pluviais no Maciço Calcário Estremenho, sendo conduzida por um complexo sistema de galerias subterrâneas até à sua exsurgência. O caudal da nascente é influenciado pela precipitação na sua bacia de alimentação, que se estende por cerca de 180 km².

A nascente do Alviela já abasteceu a cidade de Lisboa!

“Os elevados caudais, a qualidade da água e a sua proximidade com a cidade de Lisboa valeram-lhe a tarefa de ser a principal fonte abastecedora da capital desde 1880 até bem próximo da atualidade.”

A ribeira dos Amiais atravessa o relevo onde está a nascente, desaparece numa gruta e ressurge após 250 metros num vale estreito, juntando-se à nascente. Na base da escarpa há uma pequena represa que capta água para distribuição pública, acima da qual se encontra a entrada da gruta do Alviela.




Percurso Interpretativo dos Olhos D’Água do Alviela - PR1 ACN


Percurso Interpretativo dos Olhos de Água do Alviela, de aproximadamente 2 km, oferece aos visitantes a oportunidade de explorar diversos fenómenos geológicos típicos das zonas cársicas, proporcionando uma experiência única.


O percurso desenvolve-se desde a nascente do Alviela ao sumidouro da ribeira dos Amiais. A ribeira dos Amiais, um dos raros cursos de água superficiais do maciço calcário estremenho, forma estruturas geológicas de rara beleza.


Através de uma janela cársica, uma importante estrutura natural, podemos observar a ribeira a circular em profundidade e vários níveis de grutas calcárias formadas ao longo de milhões de anos. Estas grutas são agora um importante abrigo para uma colónia de morcegos, funcionando como uma maternidade de especial importância para a espécie.


Antes de se juntar ao rio Alviela, a ribeira dos Amiais reaparece à superfície e atravessa um vale estreito e profundo com encostas íngremes — o canhão flúvio-cársico - que é, sem dúvida, um cenário impressionante. Logo no início desse vale está o Poço Escuro, uma cavidade natural que, durante a época das chuvas, liberta água com muita força, mostrando como o maciço calcário é um grande reservatório de água subterrânea.





Pontos de Interesse

  • Nascente do Rio Alviela;

  • Poço Escuro;

  • Canhão fluvio-cársico da Ribeira dos Amiais;

  • Sumidouro da Ribeira dos Amiais;

  • Janela Cársica;

  • Ressurgência da Ribeira dos Amiais.


O rio Alviela que, logo nos primeiros metros do seu trajeto, permite-nos ter a bela Praia Fluvial dos Olhos d´Água do Alviela.


Praia Fluvial dos Olhos D’Água


Praia Fluvial dos Olhos d'Água do Alviela, vizinha do Parque de Campismo de Alcanena é um local refrescante e aprazível para o verão, para quem se quiser banhar nas águas frescas do rio Alviela. Foi requalificada em 2016, com novas valências como o parque infantil, campo de jogos, espaços relvados, parque de merendas com grelhador e um bar/restaurante.





trepadeira-azul
O rio Alviela também é um bom local para a observação de aves, como esta trepadeira-azul.


Centro de Ciência Viva do Alviela - Carsoscópio


Inaugurado em 2007, o Centro Ciência Viva do Alviela é um espaço dedicado à divulgação da ciência e da tecnologia, criado com o propósito de valorizar o rico património natural da nascente do rio Alviela e da sua envolvente. Além de promover o conhecimento científico, o Centro desempenha um papel importante na educação ambiental. Temas como os morcegos, a água e o carso são abordados através de exposições interativas e atividades pensadas para diferentes públicos, tornando a visita uma experiência educativa, dinâmica e acessível a todas as idades.


A Noite dos Morcegos


O Centro de Ciência Viva do Alviela organiza todos os anos, no âmbito do projecto Ciência Viva no Verão, uma atividade de observação das colónias de morcegos cavernícolas existentes nas grutas do Alviela através de câmaras de infravermelhos. O grupo junta-se depois à entrada da gruta para ver a saída dos morcegos para caçar e, com um detetor de ultrassons, identificar as diferentes espécies.


Noite dos Morcegos do Alviela é uma iniciativa educativa e científica que tem como objetivo sensibilizar o público para a importância dos morcegos nos ecossistemas e promover a sua conservação, além de ser uma experiência única de observação nocturna.



Viaja até ao tempo dos dinossáurios na Serra de Aire


No coração do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, a cerca de 10 km de Fátima, encontra-se um dos mais incríveis tesouros paleontológicos do mundo: o Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios de Ourém / Torres Novas. Este local único alberga a maior e mais importante jazida de pegadas de dinossáurios saurópodes do Jurássico Médio, com cerca de 175 milhões de anos.


Descobertas por acaso numa antiga pedreira — a famosa Pedreira do Galinha — estas pegadas impressionam não só pela sua dimensão, que pode atingir 95 cm de comprimento por 70 cm de largura, como pela nitidez e extensão dos trilhos, alguns com mais de 140 metros de comprimento, entre os mais longos alguma vez identificados à escala mundial.


Estas marcas foram deixadas por saurópodes, enormes dinossáurios herbívoros de corpo maciço, cabeça pequena, patas fortes e pescoço e cauda compridos. Estes viviam em ambientes tropicais e húmidos, quando os continentes começavam a separar-se e a paisagem era dominada por planícies lagunares de águas pouco profundas. As pegadas ficaram gravadas em camadas de lama calcária que, ao secar e ser coberta por sedimentos, fossilizaram e resistiram ao tempo até aos nossos dias.


Aqui, podes percorrer o circuito pedagógico pelos trilhos dos dinossáurios, aprender mais sobre o seu modo de vida e admirar o magnífico Jardim Jurássico, onde crescem plantas consideradas "fósseis vivos", como os fetos arbóreos, cicas, araucárias, ginkgo, zimbros, teixos e cavalinhas — espécies que já existiam na era dos dinossáurios.


Este é um verdadeiro museu ao ar livre e um lugar imperdível para toda a família. É uma verdadeira viagem ao passado que nos faz refletir sobre a grandiosidade da Terra e a história da vida que nela habitou.






4º Dia - Explorar o subsolo da Serra de Aire e Candeeiros


No profundo subsolo do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, esconde-se um verdadeiro mundo subterrâneo repleto de história natural e beleza. Uma grande variedade de grutas e algares, esculpidas ao longo de milénios pela ação da água, que hoje deslumbram os amantes de espeleologia com as suas formações únicas.


Algumas dessas maravilhas subterrâneas, como as Grutas de Santo António, da Moeda, de Mira d’Aire e de Alvados, estão adaptadas para receber visitantes, contando com várias infra-estruturas de apoio.


Grutas de Mira D’Aire


Eleitas como uma das “7 Maravilhas Naturais de Portugal”, as Grutas de Mira D’Aire têm várias salas e galerias de dimensões impressionantes e de uma beleza natural e imponente. O percurso total é de 11 km mas só os primeiros 600m estão abertos ao público. É a maior gruta de Portugal que está aberta ao público.


É um local de grande interesse para estudos e investigações espeleológicas. Os primeiros exploradores desceram por uma pequena galeria em 1947, mas só após vários anos conseguiram descobrir o segredo para continuar a progressão na gruta. As campanhas continuaram nos anos 50 e 60, ficando então concluído o levantamento topográfico da gruta.


Em 1974 fez-se a abertura ao público. Para o fim da promoção turística e rentabilização desta maravilha da natureza, foram construídos centenas de metros de estrados e escadas de madeira, que formam um percurso visitável até à sala “Sifão das Areias”.


Durante a visita, é possível ver cursos de água subterrâneos e pequenas lagoas formadas pela infiltração da água da chuva ao longo de milhares de anos. Essa presença de água foi, aliás, uma das principais responsáveis pela formação das impressionantes estalactites e estalagmites que decoram a gruta.

Junto ao complexo da entrada das Grutas de Mira de Aire e no topo do Jardim das Rochas, o Museu do Fóssil reune alguns dos exemplares "resgatados" no parque de estacionamento das Grutas de Mira de Aire. Os fósseis são exemplares da vizinha praia jurássica de São Bento.


É também possível fazer uma visita guiada por um espeleólogo a uma galeria paralela fora do circuito turístico, ou fazer a visita Viagem ao Centro da Terra, que se faz pelo mesmo trajeto turístico mas sem a iluminação (são fornecidos frontais aos visitantes).



Grutas de Mira D’Aire

Fica aqui o contacto para reserva: geral@grutasmiradaire.com.



Grutas de Alvados



As Grutas de Alvados situam-se nas proximidades da povoação de Alvados, em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. Foram descobertas em 1964 por trabalhadores locais, revelando formações calcárias impressionantes, como estalactites, estalagmites e colunas naturais, que conferem ao espaço uma beleza quase mágica.


Com cerca de 300 metros de extensão visitável, as grutas oferecem ao visitante uma experiência envolvente, com um sistema de iluminação que valoriza as formações rochosas. O percurso é feito por passadiços e escadas integrados de forma harmoniosa no espaço natural, conduzindo os visitantes por entre passagens estreitas e um lago subterrâneo, que é um dos pontos altos da visita. A exploração é feita com o acompanhamento de guias, tornando a visita ainda mais enriquecedora.



Grutas de Santo António



As Grutas de Santo António ficam muito próximas das Grutas de Alvados, perto da localidade de São Mamede, no concelho de Porto de Mós. Foram descobertas em 1955 por um menino de cinco anos que, ao seguir uma gralha, encontrou uma abertura na rocha que deu acesso a um extenso sistema subterrâneo.


As grutas apresentam formações calcárias como estalactites, estalagmites e cortinados, com destaque para uma grande sala central com formações altas. A extensão visitável é de cerca de 350 metros, com visitas guiadas disponíveis ao público.


Durante a visita, é possível observar também lagos naturais e usufruir de uma temperatura constante entre 16 °C e 18 °C, mantida por uma chaminé natural que permite a circulação do ar.



Algar do Pena



Algar do Pena é uma gruta de desenvolvimento vertical, que possui a maior sala subterrânea conhecida em Portugal, onde é visível uma grande diversidade de espeleotemas.


Aberta ao público desde 1997, e equipada com um edifício de apoio técnico, elevador, auditório ao ar livre e um espeleódromo, esta gruta oferece uma oportunidade única de exploração subterrânea, combinando valor científico com uma forte componente educativa e turística.


Foi descoberta em 1985 por Joaquim Pena — nome que acabou por batizar a gruta — durante trabalhos de extração de calcário para calçada. Pela sua localização e características naturais, foi escolhida para acolher o primeiro Centro de Interpretação Subterrâneo em Portugal.





CISGAP - Centro de Interpretação Subterrâneo da Gruta - Algar do Pena

Visitas apenas com marcação prévia e de acordo com disponibilidade do Centro.

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Outros locais a conhecer


Por último, em jeito de “bucket list”, deixamos aqui uma referência a alguns locais que ainda não tivemos a oportunidade de conhecer, e que ficarão para uma futura visita, e um novo post no blog. Tratam-se de locais que se destacam pelo seu interesse geológico, cultural e natural, e são outros bons motivos para visitar o Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros.


  • Cascata da Fórnea

  • Estrada Romana de Alqueidão da Serra

  • Polje de Mira Minde

  • Praia Jurássica de São Bento


Se chegaste até aqui, obrigado pelo tempo dispensado, e até ao próximo artigo do GPS da Quimera.




Referências


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